Quem somos

Sabe essas estórias em quadrinhos de super heróis que lutam pra fazer o bem onde quer que eles estejam, daí quando a coisa fica realmente feia, eles se unem em único propósito de derrotar as forças do mal? Da mesma maneira, motivados por um único propósito, mas sem a intenção de serem comparados a super heróis, assim nasceu THAPE (Temporários Homens que Andam Pregando o Evangelho). THAPE é: Wanderson Oliveira, Janaina Rocha, Karlla Karize, Elizeu, Henrique Paulino e Heron.Saiba + »

Download Músicas

Evento

Siga a Thape!

RSS Feed Twitter Orkut

Newsletter

Síndrome da Normalidade

terça-feira, 26 de janeiro de 2010








 Os seus sacerdotes transgridem a minha lei e profanam as minhas coisas santas; entre o santo e o profano, não fazem diferença, nem discernem o imundo do limpo; e dos meus sábados escondem os olhos, e assim sou profanado no meio deles” (Ez 22.26).


 O contexto geral do livro de Ezequiel aponta para alguns aspectos que valem a pena ser observados. O profeta em questão, proveniente de uma herança sacerdotal e havendo sido instruído com primor, era respeitado por líderes judaicos da época. Deus colocou-o exilado entre os judeus na Babilônia no início do século VI a.C., e foi ali que profetizou por 22 anos. Seu ministério foi marcado pela exortação do Senhor para que o povo voltasse à santidade, e, pessoalmente, Ezequiel creu e esperou essa restauração apesar da situação da época. 


 O povo estava exilado, longe de sua pátria, do templo de Jerusalém, de sua bandeira. Babilônia era uma nação pagã, de costumes mundanos e agressivos ao Senhor; naquele lugar, onde se originou o culto à rainha dos céus, imperava uma cultura gananciosa voltada ao prazer e à satisfação do homem. Porém, contrariando a forma comum de um cativeiro, ao judeu foi permitido participar da vida política, social e econômica do país. Com isso, eles se misturaram com o povo, a cultura e o governo, gerando, na maioria, comodismo e desejo de ficar ali permanentemente, deixando de lado a identidade de pátria.


 Focando o contemporâneo, penso ser perfeitamente legítimo traçar um paralelo entre o tempo de Ezequiel e o nosso. À semelhança do profeta, fazemos parte de uma linhagem sacerdotal:


 ...da parte de Jesus Cristo, a fiel testemunha, o primogênito dos mortos e o soberano dos reis da terra. Àquele que nos ama, e pelo seu sangue nos libertou dos nossos pecados, e nos constituiu reino, sacerdotes para o seu Deus e Pai, a ele a gloria e o domínio pelos séculos dos séculos. Amém!  (Ap 1.5,6).


 Habitamos em meio a uma verdadeira Babilônia: o sistema deste mundo, com seus valores, apelos, costumes e idolatrias, representa uma oposição aberta e nojenta à vontade de Deus. Temos consciência de que essa não é nossa pátria; no entanto, o comodismo e o conforto que ela nos traz têm desviado nosso coração de Jerusalém, levando-nos a viver aqui como se fosse nosso lugar de permanência. Os conceitos babilônicos entraram em nossas casas, famílias, finanças – e até na própria igreja! Lentamente, começamos a chamar de santo o que é pecaminoso e, com sutileza, somos tragados pela SÍNDROME DA NORMALIDADE, não fazendo diferença nem discernindo o imundo do puro.


 Ao conversar com Ezequiel sobre as abominações daquela época, o Senhor adjetiva com precisão o que seu povo havia-se tornado para ele:


 Filho do homem, a casa de Israel se tornou para mim em escória, todos eles são cobres, estanho, ferro e chumbo no meio do forno... Tu és terra que não está purificada e que não tem chuva... (Ez 22.18,24)


 O significado original de cada uma dessas palavras ou expressões leva-nos a pontos sérios e urgentes a serem ponderados.


 1. Escória (cuwg) significa desviar-se, afastar-se. O que se percebe hoje é que nos temos afastado da Palavra de Deus, caminhando naquilo que julgamos ser o melhor para nós, gastando o tempo com aquilo que mancha a santidade de Deus, dizendo SIM aos apelos deste mundo, desviando-nos do relacionamento com o Senhor, bajulando a carne, preservando os interesses próprios – sem nos importar com o que o Espírito Santo sente ou pensa! Enquanto nos tornamos como escória, perdemos a centralidade das Escrituras e vivenciamos o que afirmou Calvino:


 A não ser que a Palavra de Deus ilumine o caminho, toda a vida dos homens estará envolta em trevas e nevoeiro, de forma que venham, inevitavelmente, a perder-se.


 2. Cobre (chosheth) aponta para a luxúria e o meretrício. Esse elemento denota o quanto os pecados sexuais têm-se tornado “normais”. A masturbação não é tratada como erro, e muitos pais não se sentem aptos a tocar nesse assunto com os filhos por serem eles também praticantes. O sexo ilícito é maquiado pela mídia como resposta à infelicidade matrimonial, e subitamente nos pegamos torcendo por um adultério na vida de algum “Sr. ou Sra. televisivo”; afinal, o casamento deles é tão infeliz... Nem percebemos que tais valores engolem com avidez o “leito sem mácula” de Hebreus 13.4. Já não prezamos pela espera da entrega sexual após o casamento. Foi-se o temor. Pessoas se relacionam, depois se lavam, vestem-se e prosseguem com a vida como se nada houvesse acontecido. Nossos olhos pousam sem medo em literaturas vulgares e licenciosas, filmes sugestivos, programas abusivos, e apenas acenamos com a cabeça enquanto nosso corpo é tomado por trevas (Mt 6.23). Tal indulgência com o pecado é altamente destrutiva.


 3. Estanho (badiyl) é mistura com o impuro em hebraico. Babilônia afirma que a evolução faz parte das gerações e que nós, bons seres humanos inteligentes, precisamos acompanhar o mundo. Negociamos com facilidade a verdade pela mentira, o amor altruísta pelo ciúme, a paz pela contenda, o amor que guarda pela fofoca, o perdão pela mágoa, o liberar pelo ressentimento. É uma enorme lista que compromete nossa caminhada com a Trindade, consolidando o que pensa J. Blanchard: “O preço da pureza é elevado, mas a impureza é ridiculamente barata”.


 4. O ferro e o chumbo são os resultados de todos os outros elementos. O primeiro (barzel) indica a força, o embrutecimento do coração endurecido pela inexistência de arrependimento, confissão e desapego da reputação. O segundo (aphar) fala sobre algo empoeirado, embotado, coberto de terra. Aponta o profundo estrago que a normalidade faz em nosso discernimento, adulterando a consciência, conformando-nos ao sistema e levando-nos ao estranho erro de insistir no pecado. Isso me faz recordar a frase de William Gurnall: “Nunca pense que encontrará mel no pote se Deus escreveu ’veneno‘ no rótulo”.


 Quando, no versículo 24 do mesmo capítulo, Deus fala sobre a terra não purificada e sem chuva, sinto um forte golpe provocado pela ausência do perdão e a presença da esterilidade! Não se pode perdoar ao que não passou pelo arrependimento:


 Arrependei-vos, pois, e convertei-vos para serem cancelados os vossos pecados (At 3.19).


 O grande engano da síndrome da normalidade é gerar em nós um tipo de remorso, aquele sentimento que a tristeza do mundo traz consigo (2 Co 7.10). Precisamos da visitação da tristeza segundo Deus, pois ela sim é genuína e provocará em nosso interior uma visão clara daquilo que nos tornamos e do que Deus quer que sejamos!


 A esterilidade é primogênita da normalidade. Uma terra sem chuva é uma terra sem vida! Gastamos muito tempo acreditando que o fato de exercermos uma atividade na igreja ou em determinado grupo garante-nos a vida e a aprovação divina. Terrível engano. Podemos passar anos sendo bons trabalhadores não arrependidos e engolidos pela síndrome. A vida é uma Pessoa! Em 1 João 5.12, lemos:


 Aquele que tem o Filho tem a vida; aquele que não tem o Filho de Deus não tem a vida.


 Esse versículo não trata apenas de receber Cristo como Salvador, pois o significado original da palavra “ter” é ser envolvido, possuído pela mente e ligado estreitamente. “Ter o Filho” significa ser envolvido dessa forma com Jesus e sua vontade! Isso é cristianismo puro e radical, é o antídoto seguro contra a síndrome da normalidade, o remédio contra a esterilidade!


 Há tanto desejo em Deus que sejamos tomados pela VIDA e abandonemos esse sistema mortal que, gritando pelos profetas, antecipou, em Apocalipse 18.4, um apelo rasgado a nós, seus filhos:


 Ouvi outra voz do céu, dizendo: Retirai-vos dela, povo meu, para não serdes cúmplices em seus pecados, e para não participardes dos seus flagelos.


 E, por fim, em singular caçada, Deus avança. Em meio ao terrível caos de Babilônia, ele propõe uma procura.


 Busquei entre eles um homem que tapasse o muro e se colocasse na brecha perante mim a favor desta terra, para que eu não a destruísse; mas a ninguém achei (Ez 22.30).


 De forma implícita, há aqui uma tarefa. Ressoa, em nossos ouvidos, um chamado: sermos o BASTA nessa síndrome e contaminarmos o maior número de pessoas ao nosso redor! Se você está vivo agora, sua missão aqui não terminou e ela envolve expressar o CRISTO. Antes de tocarmos tribos, povos e raças, carecemos de ser tocados por ele, por sua pureza, santidade, valores e desejos. Sendo assim achados, seremos autenticados em verdade e, onde quer que pisemos ou a que cultura adentremos, estaremos certos de que A VIDA É UMA PESSOA, e que ele habita em nós!   


Afine seu coração...
Pode ouvi-lo?
Você pode vê-lo desejando, procurando, buscando?
Pode escutar seus passos decisivos em nossa direção?
SIM! ELE TEM UMA MISSÃO!
Ele não vai desistir da procura.
Somos seu campo.
Obra de suas mãos.
Homens e mulheres que dirão não ao pecado,
Desvencilhando-se da síndrome da normalidade.
Nações, povos, raças...
Indivíduos...
E nessa procura,
ELE QUER ENCONTRAR VOCÊ!



 

por Ariadna Faleiro de Oliveira


















0 comentários:

Postar um comentário

Deixe aqui sua opnião!

Publicidade

Publicidade